terça-feira, 2 de novembro de 2010

MAL TERMINARAM AS ELEIÇÕES, COMEÇARAM AS DIVISÕES NA SITUAÇÃO E NA OPOSIÇÃO

Dilma exclui PMDB da primeira reunião para definir nomes da equipe de transição
Só petistas mais próximos foram chamados e receberam sua missão no grupo, a ser comandado por Dutra e Palocci


Mesmo com o vice na chapa, o PMDB foi alijado da primeira reunião da presidente eleita, Dilma Rousseff, realizada ontem de manhã e à tarde na casa da petista, no Lago Sul, um dos bairros nobres de Brasília, quando foram escolhidos os primeiros nomes da equipe de transição.


Agora não tem essa só de BACURAU !.. - Henrique Alves quer ser o PRESIDENTE DE TODOS: "Quero ser o presidente do maior ao menor partido, independentemente de quem seja da oposição ou do governo"
 
Horas depois de ver Dilma Rousseff eleita presidente, o PMDB, partido do vice Michel Temer, já atua para atrair líderes da oposição. O intuito é ganhar força para derrotar o PT na corrida pela presidência da Câmara.
                                                                         
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), candidato à vaga e escudeiro de Temer, quer investir no DEM, que saiu enfraquecido das eleições e tem vários deputados insatisfeitos. A estratégia é conquistar o apoio de deputados para ter mais peso que o PT na disputa.
"Quero ser o presidente do maior ao menor partido, independentemente de quem seja da oposição ou do governo", afirma Alves.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), um dos cotados para concorrer à vaga pelo PT, nega qualquer tipo de conflito com os aliados. Diz que o "casamento" deve ficar intacto em todo o mandato de Dilma.
O PT também já traçou seus planos para contra-atacar o PMDB. A resposta é cortejar deputados de partidos que formam hoje o bloquinho, como PSB, PDT e PC do B, além do PV. Com isso, a bancada de apoio ao PT ficaria com mais de 170 congressistas, enquanto PMDB e DEM ficariam com 112.
O partido já tem também embates por postos de comando. Além de Vaccarezza, outros dois deputados pleiteiam a presidência da Câmara: Arlindo Chinaglia (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP). Vaccarezza está na frente na banca de apostas, mas um quarto nome pode ganhar forças.
O vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acredita que nesses últimos dois meses de trabalho possa ganhar visibilidade ao comandar sessões da Câmara, com o afastamento do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), eleito vice.

RACHA

Apesar dos esforços peemedebistas, os democratas ainda estão rachados. O deputado ACM Neto (DEM-BA) admite conversar, mas nega que já tenha sido procurado.
Já o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), fala que é preciso respeitar a tradição - que diz que a maior bancada tem o direito à presidência- e que o PMDB não pode presidir Câmara e Senado.
Como o PMDB é maior entre os senadores, acredita-se que eles devem indicar alguém da legenda para a presidência da Casa.
Deve haver briga no próprio partido, com Edison Lobão (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Eunício Oliveira (PMDB-CE) sendo cotados para o cargo.
O cortejo do PMDB ao DEM vai além da Câmara. Parlamentares da oposição estudam migrar para a base aliada. O entrave no momento é a lei da fidelidade partidária. Em São Paulo, há conversas entre o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e Temer.
Fonte: Folha de S.Paulo

‘Até logo’ de Serra desagrada a tucanos, que defendem renovação no partido
Integrantes do PSDB avaliam que ele foi personalista e não ajudou a promover os novos passos da legenda


A declaração do candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), que em discurso sobre o resultado de anteontem disse que não dava um "adeus", mas um "até logo", causou polêmica entre tucanos e aliados, que reservadamente defendem uma renovação dos quadros da oposição nos próximos anos.