terça-feira, 21 de janeiro de 2014

SUCESSÃO 2014



 Henrique Alves fala que pode 
disputar o governo

Declaração do presidente da Câmara dos Deputados foi dada em almoço na casa de Fafá Rosado, em Tibau.
O presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), deputado federal Henrique Eduardo Alves admitiu que, se houver uma coalizão de forças em torno do seu nome poderá disputar o Governo do Estado. O presidente da Câmara dos Deputados esteve ontem (20) à tarde em Tibau, onde participou de um almoço oferecido a ele pela ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (PMDB) e pelo deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM).
Ao participar de uma pequena entrevista coletiva, Henrique Eduardo deixou claro que, a sua pretensão é de se manter no plano nacional, manifestando desejo de concorrer à reeleição no pleito deste ano. "É muito importante a minha presença e a de Garibaldi Alves Filho no cenário nacional", raciocinou o parlamentar peemedebista.
Ele reconheceu não somente a certa crise envolvendo o relacionamento entre o PT e o PMDB no plano nacional, mas reiterou que as duas agremiações estão unidas nacionalmente, com a presença de Michel Temer como vice-presidente da República. Mesmo assim, Henrique Eduardo fez questão de dizer que independente de uma aliança no plano nacional, quando da formatação das coligações, prevalecerão as questões locais.
"Nós vamos ouvir o partido para definirmos o nosso caminho, sem nenhum radicalismo, sem nenhuma intolerância. Nós não aceitaremos mais isso, esse tipo de política, até porque nós já fomos vítimas do radicalismo e da intolerância. E aquele caminho que nós entendermos ser o melhor para o Rio Grande do Norte levaremos aos partidos aliados", explicou Alves.
Em relação à disputa pela única vaga reservada ao Rio Grande do Norte no Senado da República no embate eleitoral de outubro e também a possibilidade de apoio dos peemedebistas ao nome de Wilma de Faria (PSB), o dirigente do PMDB/RN disse ter a certeza que este impasse será solucionado em um curto espaço de tempo. Segundo ele, os prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças regionais do PMDB serão convocados a se manifestarem a respeito do voto para o Senado da República.
"A executiva estadual, assim como a nossa bancada na Assembleia Legislativa será convocada a discutir essa questão", acrescentou Henrique Eduardo Alves, citando que o PMDB possui hoje mais de 60 prefeitos, 40 vice-prefeitos, além de um grande número de edis. "Nós vamos ouvir a todos, para que cada um manifeste a sua posição", afirmou o peemedebista.
Quanto às declarações da deputada federal Fátima Bezerra (PT) de que, se o PT se sentir isolado pelo PMDB pretende buscar outros parceiros políticos, o deputado Henrique Eduardo Alves disse respeitar a posição manifestada pela parlamentar. "Na hora que o PMDB tiver outras opções, é natural que o PT também busque outros parceiros", comentou Henrique.
Entendimento
O peemedebista confirmou ainda o desejo de manter um entendimento no campo político com o DEM no Rio Grande do Norte. Henrique Eduardo Alves citou o bom relacionamento que mantém com o senador José Agripino. Apesar do seu desejo pessoal, o deputado federal Henrique Eduardo Alves frisou que, antes de pensar uma composição com o PMDB, seja no campo majoritário ou proporcional, o Democratas precisa decidir se a governadora Rosalba Ciarlini será mesmo candidata à reeleição, o que Henrique entende como sendo legítimo da parte da chefe do Poder Executivo do Rio Grande do Norte.
"O senador José Agripino tem sido uma liderança muito correta com o PMDB. Na eleição passada, ele se somou a Garibaldi na disputa majoritária, mas o DEM tem um problema para resolver antes que é a reeleição da governadora Rosalba Ciarlini que eu entendo como sendo um direito natural, de pleitear ou não. Então, vamos aguardar. Tudo tem a sua hora, mas faço questão de registrar o comportamento sempre leal sempre com o PMDB por parte do senador José Agripino", disse Henrique admitindo que, palavras de incentivo ao seu nome por parte tanto do senador José Agripino quanto do deputado estadual Agnelo Alves (PDT) serve como encorajador à sua participação na disputa majoritária deste ano.
Emparedamento
Veículos de comunicação ligados à governadora Rosalba Ciarlini noticiaram que a verdadeira razão para o afastamento do PMDB da base de sustentação política da chefe do Poder Executivo norte-rio-grandense teria sido o "emparedamento" comandado pelos peemedebistas no sentido de tirar vantagens do governo estadual.
Ao ser questionado a respeito desta questão, o dirigente do PMDB potiguar mostrou-se perplexo. "Eu não quero acreditar que ela tenha dito isso. Se existe uma pessoa que sabe que esta não foi a razão do rompimento é a governadora Rosalba Ciarlini. É uma coisa tão desrespeitosa uma informação como essa, que não acredito que tenha partido de Rosalba, que eu conheço e dou a ela um atestado de boa-fé, de sinceridade, de honestidade, de humildade e eu sei que ela jamais diria isso, pois ela sabe que não foi essa a razão. E o PMDB ajudou e eu posso dizer que não votei nela, eu apoiei o governador Iberê Ferreira de Souza, mas como eu perdi a eleição e Garibaldi havia ganho a eleição, então, ou ele vinha para cá ou eu iria para lá. Como eu perdi e, eu sei ganhar e sei perder, me juntei ao ministro Garibaldi, para reunificar o PMDB. A partir daí procuramos ajudar e Mossoró é testemunha. Todo Estado é testemunha. Na vinda aqui da presidente Dilma, defendemos sua postura. Sua pessoa e também as suas qualidades", explicou Henrique Eduardo voltando a dizer que o afastamento do PMDB se deu em função do autoisolamento do Governo do Estado que evitou diálogo com os correligionários. Alves citou ainda a criação do Conselho Político que teve apenas uma reunião.
"Nós criamos um Conselho Político, olhe que formado por dois ex-governadores Garibaldi (Filho) e (José) Agripino, que somados são 16 anos de experiência administrativa; o deputado federal, João Maia, a nossa presença, o deputado Rogério Marinho. Enfim, um Conselho Político de experiência, de qualidade. Mas esse Conselho Político não se reuniu sequer uma vez. Quantas vezes eu reclamei: governadora (Rosalba Ciarlini), vamos reunir o Conselho Político, pelo menos uma vez por mês, analisar o que aconteceu, projetar o que pode acontecer, a senhora nos informar a situação do Estado, como poderemos ajudar mais, fugir do pontual, e fazer uma coisa mais conceitual e não consegui. O Conselho Político se reuniu uma vez para decidir a sua instalação e nunca mais se reuniu. Então, acho que fechou o Estado completamente, tanto, que depois do PMDB, rompeu o PR, com a mesma reclamação da falta de um diálogo melhor, maior, de mais qualidade", acrescentou Henrique Eduardo Alves.

O almoço de ontem contou com a presença de lideranças políticas de Mossoró, representando a Câmara Municipal, além de expoentes da política ligados aos municípios da região Oeste, Vale do Açu e Costa Branca.
Convocação a Fafá
O presidente da Câmara dos Deputados fez elogios rasgados à anfitriã da tarde de ontem. Henrique Eduardo Alves afirmou que a sua presença ontem na residência de verão da ex-chefe do Poder Executivo mossoroense serviu para que o comandante do PMDB reafirmasse o convite para que a ex-prefeita Fafá Rosado dispute um assento no Poder Legislativo nacional.
"É uma convocação que fazemos a ela. Para que ela venha a se somar conosco e assim, possamos formar uma bancada importante na Câmara Federal. Nós vamos trabalhar no sentido de formar uma coligação que nos permita eleger de quatro a seis deputados federais", informou Alves.
A ex-prefeita Fafá Rosado mostrou-se satisfeita com as declarações do presidente estadual do seu partido. Ela reconheceu que a população de Mossoró vem cobrando de modo insistente a sua permanência na vida pública, segundo ela, resultado de uma boa ação realizada durante oito anos, ou seja, dois mandatos consecutivos como chefe do Executivo.
Fafá disse ainda que não definiu a sua participação no processo eleitoral deste ano. Ela ressaltou que ainda existe tempo até a realização das convenções, no entanto, reiterou que, se depender da população mossoroense o seu caminho será a Câmara dos Deputados.
Retorno de Cláudia à Prefeitura
Questionado por representantes de veículos de comunicação de Mossoró e região Oeste a respeito do posicionamento a ser adotado pelo PMDB em uma eleição suplementar na cidade, o deputado federal Henrique Eduardo Alves foi incisivo: "Eu estou lutando ainda para restabelecer o mandato da prefeita Cláudia Regina".
O presidente do PMDB no Rio Grande do Norte descartou uma possível aliança envolvendo o seu partido e o Partido Socialista Brasileiro em uma eventual eleição suplementar na cidade. "Não seria ético discutir isso, pois, como disse permanecemos acreditando no retorno da prefeita Cláudia Regina e do vice-prefeito Wellington que é do PMDB", afirmou.
A posição de Henrique Eduardo se deve ao fato de, nos últimos dias, terem surgido rumores de uma aproximação política envolvendo lideranças locais do PMDB e PSB. Ao manifestar o seu desejo e acima de tudo o empenho para que a prefeita afastada retome o cargo, coloca um fim nas especulações em torno de uma chapa PMDB/PSB em Mossoró.

FONTE:  NOMINUTO.COM